Aprovação é acompanhada de moção de protesto dirigida à proposta dos empresários. Reajustes beneficiam também jornalistas da EPC
O Termo Aditivo estava previsto
na Convenção Coletiva de Trabalho 2024/2026 que estabeleceu novas negociações
das cláusulas econômicas na data base da categoria (em abril) em 2025 e, apesar de os
representantes do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado da
Paraíba (Sindjor-PB) terem colocado a difícil situação financeira por que
passam os profissionais da comunicação no Estado, o empresariado apenas fez
proposta de reposição das perdas salariais do período (2024/2025) apuradas pelo
Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que resultou no percentual
de 5,2%.
Para o presidente do Sindjor-PB,
Jorge Galdino de Almeida, as negociações foram marcadas por uma verdadeira batalha de
argumentos, mas os empresários foram intransigentes na proposta final das
negociações. “Argumentamos sobre as dificuldades financeiras da categoria
resultante dos baixos salários pagos no Estado, mostramos os cálculos, as
necessidades e o longo período de 8 anos sem negociações coletivas, mas a
intransigência imperou e o que conseguimos na mesa de negociações foi
basicamente a reposição das perdas salariais apuradas pelo INPC”, explicou
Galdino.
Mesmo diante das dificuldades, as negociações iniciadas em 2024 vêm conquistando avanços importantes como o estabelecimento de pisos para a categoria, reajustes salariais e reposição de perdas, dentre outros avanços sociais e trabalhistas, mas o sindicato entende que as conquistas são modestas e que a categoria deve se reorganizar para se fortalecer. “Apesar de termos conquistas importantes, ainda são modestas diante do grande hiato sem negociações coletivas. Nos últimos 8 anos realizamos acordos coletivos, de forma individualizada com as empresas, mas o diálogo coletivo foi prejudicado diante de manobras de representantes dos empresários no passado. Retomamos o diálogo com o sindicato patronal e estabelecemos um pacto de boa convivência, sem deixar que assuntos do passado interferissem nas negociações, mas ainda está faltando um pouco de sensibilidade do empresariado com a situação da categoria, mas avaliamos como positivas as recentes conquistas e vamos nos reorganizar e nos fortalecer para as novas rodadas de negociações em abril de 2026”, enfatizou Galdino.
Com a proposta aprovada, o texto do Termo Aditivo será assinado pelos sindicatos (trabalhista e patronal) e o reajuste e os novos pisos salariais serão implantados já na folha de pagamento deste mês (maio) com o adicional retroativo do reajuste referente ao mês de abri. Além dos profissionais do setor privado, as negociações também abrangem os jornalistas da Empresa Paraibana de Comunicação (EPC), por se tratar de empresa pública do Governo do Estado da Paraíba em que os profissionais também são celetistas.
Contribuição Assistencial
Com a nova negociação da Campanha Salarial 2025, a contribuição assistencial também será descontada em favor do sindicato representante da categoria dos jornalistas profissionais da Paraíba. Como parte do texto da CCT 2024/2026, ratificada no Termo Aditivo, o sindicato disponibilizará os canais previstos para a chamada “oposição sindical” em que o profissional pode exercer o direito de se opor à cobrança da contribuição assistencial.
Novos pisos salariais
Com o reajuste linear de 5,2% para todos os jornalistas celetistas do setor privado de comunicação e da EPC, os novos pisos salariais da categoria também serão reajustados pelo mesmo percentual. Seguem abaixo os novos valores:
- Empresas de televisão, editoras de jornais e revistas, empresas de notícias na Internet (sites e portais): R$ 2.568,61 (dois mil, quinhentos e sessenta e oito reais e sessenta e um centavos);
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